bancos de carros esportivos em couro

Por que os times gastam fortunas com bancos de carros esportivos para os jogadores reservas na Europa?

Tudo começou a partir de uma dor nas costas e hoje clubes como Real Madrid e Bayern de Munique são adeptos desses bancos que vão muito além do conforto.


Quem assiste aos jogos do futebol europeu pela televisão já deve ter percebido que muitos times, como Real MadridBayern de Munique, Manchester United, Borussia Dortmund, Lyon etantos outros, têm bancos de carros esportivos como assento para os jogadores reservas no estádio. E na maioria dos casos, há uma assinatura (nos encostos de cabeça) bem conhecida dos entusiastas de automóveis: Recaro

Antes de detalhar a empresa alemã famosa por seus bancos, vamos falar dos custos. Atualmente, os clubes gastam o dinheiro que for preciso para tê-los. Cada banco sai por 3,5 mil euros em média – mais de R$ 20 mil por cada peça. Entre jogadores e todos os membros da comissão técnica, são necessários de vinte a trinta assentos.

Esse número é multiplicado por dois contando o espaço para o time adversário. Isso sem levar em conta que muitos clubes têm esses bancos nos centros de treinamento.

 

 

Qual a lógica de gastar tanto dinheiro com os bancos?

Tudo começou em 1990 por causa do técnico Karl-Heinz Feldkamp, do Kaiserslautern FC, da Alemanha. O então CEO da Recaro, Ulrich Putsch, era um dos conselheiros do Kaiserslautern FC na época e, após ouvir queixas do treinador sobre dor nas costas durante os jogos por causa dos bancos de reserva, Ulrich teve a ideia de pegar um assento de carro esportivo e colocar no lugar da desconfortável cadeira do comandante.

O que é a Recaro?

Para refrescar a memória, antes de continuar a história vamos voltar um pouco no tempo. A Recaro se tornou uma das marcas mais importantes do mundo na fabricação de bancos esportivos para automóveis. Fundada em 1906, na Alemanha, a empresa nasceu com o nome: Stuttgarter Carosserie und Radfabrik e mudou para Stuttgarter Karosseriewerk Reutter & Co três anos depois.

Nessa época, ela era fabricante de carroceria e fornecedora de peças, e fez os primeiros protótipos do Fusca para Ferdinand Porsche, além dos primeiros 40 modelos de produção, em 1938. A relação produtiva com a Porsche foi além. A marca também participou da produção das primeiras 500 unidades do clássico 356, em 1948.

A Recaro fabricante de bancos, como conhecemos hoje, surgiu em 1963. O primeiro assento foi apresentado no Salão de Frankfurt, na Alemanha, em 1965, o “Recaro Sportsitz“.

A fama da marca Recaro veio logo no início com uma ideia completamente revolucionária para a época: vender bancos automotivos para o mercado de reposição. O cliente comprava um banco da Recaro e substituía pelo que já vinha de fábrica em seu carro.

Os primeiros bancos esportivos, também chamados de concha, começaram a ser produzidos um pouco depois, somente em 1967. Com isso, a Recaro praticamente dominou as pistas pelo mundo e virou praticamente a única fornecedora desse tipo de assento.

O que ela fez? Começou a ouvir os pilotos para trazer esse conceito para os carros de estrada. E claro, deu certo. Ao longo dos anos, várias linhas icônicas foram lançadas, como: o “Recaro Idealsitz” de 1971, o “Recaro LS” de 1983, e o “Recaro A8” de 1989 que foi o primeiro banco do mercado com encosto feito de plástico reforçado com fibra de vidro.

No início da década de 1990, com mais tecnologia no mercado, a Recaro se junto a renomados cientistas, médicos, designers e engenheiros para desenvolver bancos mais ergonômicos.

O diferencial da Recaro, além da durabilidade dos materiais e do conforto, sempre foi o amplo portfólio com vários tipos de tecido, principalmente couro, e muitas variações de cor e desenhos. A marca é praticamente unânime entre os amantes de carro.

Ao longo da história, a fabricante alemã vem equipando os bancos esportivos das fabricantes mais importantes do mercado, como: Audi, Aston Martin, BMW, Chevrolet, Fiat, Ford, Mercedes-Benz, Porsche, Volkswagen e tantas outras.